domingo, 17 de outubro de 2010

Etílico sem café

Ontem foi a comemoração do aniversário do Alex, e de quebra o meu, no Café Etílico. Vale dizer que estamos todos podres de cansaço até agora...

Antes de contar como foi, quero agradecer a presença dos meus amigos que estiveram lá e fizeram de uma simples noite, uma das melhores do ano! Pelo menos no quesito diversão, rs.


Chegamos cedo e os amigos foram chegando aos poucos. No começo é aquela coisa mais formal, educadinha, coisa de quem bebeu pouco ainda, mas logo após o início do show o povo começou a se soltar. Pra garantir a risada incontrolada lá estava Ronald Pennaforte, nosso amigo, comissário cantor-animador de voo da web jet, compositor e intérprete de sambas da União da Ilha do Governador. Preciso dizer mais? Figuraça total! E como estava animado ontem... foi difícil segurar a risada perto dele, nem as pessoas das outras mesas conseguiram.

José Ilan e Gabriela estiveram lá! São uns fofos e não puderam ficar até o fim da festa, que é sempre o melhor, mas enriqueceram o ambiente com os super papos e bom humor inconfundíveis desse casal.

O Cláudio, nosso amigo e o melhor agente de viagens que conheço (ele viaja com vc, se vc quiser, rsrs) deu seu show a parte. Dança o tempo inteiro e tem horas que nem percebe que a música acabou. Garantia de boa companhia para qualquer evento!

Rodrigo, o moreno da Camila, se divertiu como nunca! Pena que dormiu no carro pra fugir da lei seca.

O Dudu é o cara necessário e fundamental para todas as comemorações! Gente fina toda vida e te informa sobre todos os músicos que você quer saber. Adoro ele muitão!

Fabrício e Max estiveram por lá também. Pareciam não acreditar na zona que estavam presenciando, mas curtiram tudo com muito bom humor, ainda mais depois que uma convidada inusitada apareceu na "nossa festa".

É... tivemos a presença ilustre da candidata a deputada federal, funkeira, poposuda e super peituda... Mulher Melão! Aí eu te pergunto: o que ela estava fazendo ali?!!! Será que ela gosta de classic rock? Enfim... por razões as quais desconheço, ela estava lá. Desde a sua chegada com seu amigos e amigas (super-hiper-peitudas-poposudas-semi-nuas) o clima mudou. Esposas e namoradas ficaram tensas, afinal competir com aquela bunda e aquele par de silic..., digo, peitos, não é tarefa fácil. Os homens, tal qual crianças famintas que não conseguem disfarçar a fome quando veem comida, não tiravam os olhos dos melões, ou melhor, da mulher fruta. Foi absurdamente engraçada última hora do evento! Por fim, distribuímos torta para todos eles e foi até divertido.

Às minha amigas Vivian, Camila e Michele quero dizer que somos super mulheres! Estudamos, trabalhamos, criamos filhos, assessoramos nossos maridos, e apesar de não termos aquela bunda e aqueles peitos (hahahaha), podemos nos orgulhar de ter uma parte do corpo bem trabalhada e que não cai com o tempo!

Enfim... a comemoração foi muito boa! Minha cabeça tá meio lerda pra lembrar de tudo, mas em breve colocarei umas fotos no twitter, assim que a Michele me envia-las, pois esqueci minha câmera em casa.

Grande beijo a todos...

Vou tomar uma nesosaldina...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As frescuras nossas de cada dia

Eu já escrevi sobre frescura aqui? Não me lembro e também não tô afim de procurar no histórico.

Enfim, frescura é aquela atitude infundada, sem lógica alguma, que as pessoas tem de vez em quando. Geralmente vem acompanhada de um chilique, um pití ou um piripaque. Mulheres e gays costumam ser os maiores e melhores frescos. Isso começa cedo na vida dos adeptos de frescuras, minha filha é uma fresca nata, deve ter puxado à mãe. :D

Pois é, sou bem fresquinha sim, admito, mas as minhas frescuras não interferem na vida de ninguém, dou conta delas sozinha. (Porque tem uns frescos que além de ter a própria vida atrapalhada, atrapalha a dos outros com suas frescuras).


Eu odeio pegar em papel com a mão muito seca, normalmente passo creme nas mãos para ler um livro.
FRESCURA

Odeio suar. Irc.
FRESCURA

Não ando descalça nem dentro da minha casa.
FRESCURA

Se pego em dinheiro tenho que lavar a mão.
FRESCURA

Odeio pôr a mão no chão da academia. E aqueles colchonetes usados? (Suados e mal limpos)
FRESCURA

ODEIO ver um monte de bichinhos juntos! Insetos principalmente. Fico arrepiada só de ver.
FRESCURA

Não gosto de sentir frio. Nem calor. 23 graus sem vento em mim é o ideal.
FRESCURA

Água mineral tem gosto sim! Tem umas que eu não gosto.
FRESCURA

Café com muito açúcar me dá vontade de vomitar.
FRESCURA

Se vou a uma churrascaria e uma carne vem encostada no coração de galinha, não como. Passa gosto.
FRESCURA

É... se eu parar pra pensar mais alguns minutos, encontro outras.

Mas como eu disse, as minhas frescuras não interferem na vida de ninguém. Afinal, até frescura tem limites.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Convite de Aniversário

Esta mensagem se autodestruirá em 408 horas, leia com atenção:


Neste mês o Alex e eu comemoraremos nosso aniversário de 36 anos, nos dias 15 e 23 respectivamente. Dia 15 é dia do professor e dia 23 é dia do aviador, mais isso é só por curiosidade, afinal ele nunca foi professor e eu fui comissária de voo. E daí? É só meia coincidência mesmo...

Eu ia contratar uma casa de festas no Itanhangá, mas a data que eu queria já estava ocupada, e os músicos que eu queria também estão com a agenda cheia. U2 fará um show em outro aniversário e o Guns estará em gravação de novos projetos. Quanto aos músicos brasileiros nós não conseguimos chegar em consenso, Alex queria o Wando e eu o Pato Fu.

Então estamos te convidando para comemorar com a gente no dia 16/10, à partir de 20:30h no Café Etílico http://cafeetilico.com.br/. É só dizer na porta que é convidado de Alex ou Renata Escobar para ter um super-hiper-mega-ultra-master-plus desconto de R$5 no couvert. É... ele não aceitaram as minhas propostas.

Ninguém tem desculpa para não ir:

Para o pessoal do telemarketing: Eu estarei esperando por vocês!
Para os biólogos: vá pro campo outro dia.
Para os jornalistas: dá matéria!
Para os que gostam de esportes: Alex Escobar vai estar lá.
Para os professores: nenhum professor dá aulas no sábado à noite.
Para os aeronautas: DM? ou troque a escala com alguém.
Para os bancários e funcionários públicos: não tem desculpas.
Para as mães: liguem já para a vovó.
Para quem não bebe: fiquem com o café que o etílico nós bebemos.
Para os representantes comerciais: batam as metas até sexta!
Para os agentes de viagem: não tinha "all inclusive", mas eles te dão desconto.
Para os artistas e publicitários: cerveja + música = criatividade
Para quem mora longe: a GOL e a TAM estão em promoção.

Tem algum obstetra aí?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Por que eu sou feliz???


Sabe por que eu sou tão feliz?



Porque sou tenho uma família linda que me ama e admira;

Porque vivo a vida preocupada com a vida e não com a morte, muito menos com o que vem depois dela;

Porque consigo entender um pouquinho de como a vida surgiu e se transforma nesse planeta sofrido chamado Terra;

Por que uso a razão para resolver meus problemas e a emoção para temperar todos os momentos;

Porque vejo nos meus filhos um reflexo meu;

Porque tenho tudo que preciso para uma vida saudável, e embora queira ter mais, não sofro por isso;

Porque choro mesmo se estou triste e sorrio muito mais quando estou alegre;

Porque tenho muitos amigos, os de perto, os de longe e os virtuais. Todos de altíssimo nível;

Porque não tenho inimigos, apenas pessoas de quem não consigo gostar. Mas não os quero mal, apenas me abstenho de suas presenças;

Porque faço tudo com honestidade e sinceridade, durmo tranquilíssima;

Porque respeito as diferenças, o que me faz bem vinda em vários lugares;

Porque digo a todos o que penso, sem hipocrisia, mas sempre com cuidado para não ofender ninguém;

Porque aprendo todo dia a lidar com as críticas, não é fácil, mas já melhorei muito;

Porque tenho a liberdade de me expressar, seja escrevendo, falando, cantando (mal), desenhando ou ficando quieta quando quero;

Porque tenho a habilidade de usar as ferramentas diárias para modificar o meu ambiente.

Porque sou autêntica, sou única e exclusiva nesse mundo todo. E, ainda assim, um monte de gente gosta de mim.

Por essas e outras razões eu sou muito feliz!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eu preciso de...

Eu preciso de uma coisa que atualmente só o meu marido me dá. Mas eu preciso de mais.
Conseguir mais não é difícil se eu usar de meios não usuais, mas pra fazer a coisa direito dá trabalho, afinal não quero ficar mal vista.

Eu prefiro das grandes (pode-se chamar no feminino, mas há quem prefira o nome genérico no masculino), embora as pequenas também tenham seu valor, mas preciso de mais tempo com as menores pra conquistar o que quero.


Vou ter que pedir mais ao marido mesmo, mas acho que ele não aguenta mais. Alguém pode me ajudar? Se puderem, deixem um comentário que mando o número da minha conta.

Preciso de dinheiro, mas prefiro as notas grandes.

=D

domingo, 12 de setembro de 2010

O Bom Senso, que falta faz


Ah, o bom senso...

Anda em falta esse produto no mercado, em todo lugar há falta de bom senso.

O Bom Senso é a capacidade de alguém equilibrar os extremos e se adequar ao contexto no qual está inserido. É um conceito ligado à sensatez, ou à melhor conduta ou atitude a ser tomada em uma determinada ocasião.


Está provavelmente (e em muitos casos) relacionado à ignorância, ao desconhecimento da situação, e nesse caso é perdoável, mas muitas vezes está relacionado à cara-de-pau e à vontade de aparecer-mais-que-tudo que algumas pessoas tem. Neste último, recomendo a guilhotina. A guilhotina de um curso-extra-intensivo-forever de educação, bons modos sociais e respeito ao próximo (deveria existir um desse).

Gente sem noção, ou bom senso, me irrita muito.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mulher Bem Resolvida



É motivo de orgulho para muitas mulheres serem “donas dos seus narizes”, ser uma mulher bem resolvida segundo elas mesmas. São livres, têm seu próprio dinheiro, não dependem absolutamente de ninguém. Muitas vivenciaram a década de 60, era do movimento feminista e da mitológica queima de sutiãs em praça pública e deixaram esse legado para suas filhas (as que tiveram filhos). Até então essa é a primeira ideia de mulher bem resolvida que temos ao pensar sobre isso, mas... mulher bem resolvida é isso?

Mulher bem resolvida é aquela que é feliz com a maneira que escolheu viver. São mães, ou não, estudam e trabalham, ou não. Amam sem medo de ser feliz, amam seus homens ou suas mulheres, criam seus filhos em casa com seus maridos, cães, gatos e cuidam de plantas; ou então deixam seus bebês na creche e os pega no final do expediente. Mas são felizes com tudo isso, andam de cabeça erguida e tem orgulho de sua felicidade reluzente.

Mulheres bem resolvidas simplesmente resolveram ser felizes, cada uma do seu jeito, sem a ditadura imposta pelos movimentos de cada década e, respeitando as opiniões alheias, sem se importarem com o que dizem.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eli Vieira (parte 2)



Você já se tornou conhecido no meio dos blogueiros-cientistas e aproveita, como poucos, os recursos da internet oferecidos para divulgação do conhecimento. Qual o retorno por seu enorme investimento de tempo e trabalho?

Tive um retorno acadêmico com o Evolucionismo.org, porque o incluí como resultado no meu terceiro projeto de iniciação científica. Mas isso foi na graduação. Agora é um projeto voluntário e pessoal, tanto meu quanto do Rodrigo Véras. Ganho apenas a satisfação de pensar que curiosos como eu têm mais uma fonte de informação para se deliciar – mais um “Gato Zap” para quem quiser ver.

A história da nossa origem e nossa humilde posição na árvore da vida é uma história impressionante, detesto pensar que exista alguém procurando saber mais sobre evolução biológica no Google e se depare apenas com a torcida do contra, dos dogmáticos anticientíficos como os fundamentalistas da Lepanto e da Montfort. Era assim para as buscas da palavra-chave “evolucionismo” em 2008 e começo de 2009, antes de eu criar o blog. Agora, felizmente, o termo foi resgatado na internet por mim no Evolucionismo.org e por outros que têm contato com a produção científica do conhecimento em suas fontes primárias, como o pessoal do ScienceBlogs.com.br e da rede ResearchBlogging.org .

Outro ganho que eu tenho é menos nobre, desfruto do prazer sádico, do schadenfreude, de pensar em todos os criacionistas que sapateiam para ignorar o conteúdo do meu blog e o consenso científico em torno do fato de que nós e as outras milhões de espécies de seres vivos deste planeta viemos de um processo natural de descendência com modificação. Não prometo optar pela via politicamente correta quando se trata de expor a nudez dos mentirosos e desonestos de plantão. Adauto Lourenço e Enézio de Almeida não me deixariam tergiversar nesta questão – o primeiro é mentiroso, o segundo é desonesto, como já mostrei por aí.

Além da biologia, Eli Vieira também se interessa por filosofia e humanismo secular. Como leitora dos blogs e sites em que participa, sei de suas opiniões sobre religião, criacionismo, laicismo e ateísmo. Eli, você “sofre” ou percebe algum tipo de preconceito ou descaso das pessoas com quem convive por suas opinões e posicionamento diante de tais assuntos?

Dentro de universidades nunca fui discriminado por isso. Para perceber o grande preconceito que existe na população brasileira contra descrentes como eu, preciso sintonizar no programa do Datena ou ler as pesquisas de opinião. Sei que nem todos os ateus desfrutam do ambiente privilegiado de uma boa universidade federal, em que não importa sua opinião sobre religião, mas apenas sua capacidade de desenvolver um trabalho intelectual. Já ouvi casos de discriminação contra ateus em entrevista de emprego e até em violência num bar.

No máximo um ou outro colega estranha meu engajamento na Liga Humanista Secular do Brasil e no Bule Voador. Mas basta lembrar à pessoa que existe a bancada evangélica, que a Igreja Católica acobertou a pedofilia e que a Record pertence à Igreja Universal que ela logo percebe a necessidade dos ateus se firmarem como grupo político.

Não é segredo para ninguém que eu acredito mais na humanidade do que no tão conjurado fantasmão amorfo requentado do panteão dos cananeus pelos hebreus da idade do bronze, que é a entidade central das mitologias cristã, judaica e muçulmana. Acredito mais na humanidade porque percebi que todos os valores que aprendi com minha família e meus amigos independem completamente de existir um deus ou não, ainda que eles acreditem no contrário. Quem duvida disso que me diga: que frase moralmente aceitável não poderia ser dita por um ateu? Um ateu pode dizer “eu amo as pessoas”, pode dizer “eu odeio quem maltrata as crianças” e pode dizer “quero que a fome e a violência sejam banidas deste país”. Nenhuma frase moralmente aceitável com implicações práticas precisa assumir que Deus existe. Logo, a moral depende apenas de nós, é uma linguagem que entendemos e falamos com as emoções.

Além disso, Deus é visto pela maioria das pessoas que nele acreditam como uma entidade mental, que é capaz de ler pensamentos, atender a pedidos, entender a linguagem humana e criar coisas a partir de um planejamento. É uma pessoa com poderes infinitos e sem corpo. É um fantasma antropomórfico. Tenho tantos motivos para acreditar numa mente gigantesca e fantasmagórica quanto tenho motivos para acreditar em qualquer outra função biológica inflada para o gigantesco e o fantasmagórico: o sagrado ciclo de catálise enzimática, a santa germinação da semente cósmica ou a magnífica pena etérea que a todos perpassa com suas barbas e bárbulas espirituais. Se acham ridículo dizer que o universo veio da ramificação das bárbulas de uma pena invisível, ou da quebra da quiescência de uma semente titânica ou da incessante ação de um grupo de enzimas mágicas, também deveriam achar ridículo achar que o universo veio do planejamento da mente divina; porque mentes, tanto quanto penas, sementes e enzimas, são resultados contingentes da evolução.

Separo bem as duas atividades que gosto de fazer na internet através de dois conceitos de Platão: doxa e episteme.

Doxa é opinião, é um campo de disputa, principalmente a respeito de assuntos sobre os quais uma resposta definitiva não é possível de ser aferida por outros meios que não a argumentação. O Bule Voador e o Tetrapharmakos in Vitro (meu blog pessoal) são blogs doxásticos. Quem não aceita uma opinião (doxa) é quem discorda.

Episteme é conhecimento, é crença justificada. E sabe-se que é “justificada” porque não depende apenas de argumentação. Por exemplo, a evolução biológica é justificada porque temos evidências diversas que vão do nosso próprio DNA aos inúmeros fósseis documentados, sem falar na construção teórica científica com alto poder preditivo e explicativo que a acompanha. O Evolucionismo é um blog epistêmico. Quem não aceita um conhecimento (episteme) é apenas ignorante ou relutante.

Sou doxasticamente ateu e epistemicamente biólogo evolutivo. Ser ateu é ter uma opinião em particular, ser evolucionista é apenas estar informado.

Por isso não preciso alegar que todo evolucionista precisa ser ateu, nem que todo ateu precisa ser evolucionista. É uma ideia preciosa para os tempos de hoje, em que a tolerância é moeda rara no mercado.


Eli Vieira, muito obrigada pelo bate-papo no Grito na Janela; desejo-lhe muito sucesso pessoal e profissional. Por favor deixe-nos seus contatos para divulgação e fique à vontade para dizer o que mais lhe vier à mente.

Fico muito lisonjeado com a atenção e o carinho, saiba que são mútuos. Desejo o melhor pra você também.

É muito fácil achar o que ando fazendo na internet: Evolucionismo.org, BuleVoador.com.br e EliVieira.com – este último é o Tetrapharmakos in Vitro.

Este nome pomposo misturando grego e latim resume quase tudo o que eu disse nesta entrevista com um trocadilho duplo:

- “in vitro” (latim para “em vidro”) é um termo comum da biologia, que se refere aos procedimentos feitos em laboratório em instrumentos como o tubo de ensaios. O trocadilho está em associar o tubo de ensaios a “ensaios” de texto.

- Tetrapharmakos é o grego para “quatro curas” ou “cura em quatro partes”. O trocadilho aqui é que não há “fármaco” nenhum para ser posto “in vitro” – as quatro curas são recomendações filosóficas para a vida plena, derivadas da filosofia do grande Epicuro de Samos. E elas são: (1) não temer os deuses [porque quase certamente nenhum deus existe]; (2) não temer a morte [porque um sentido para a vida finita pode ser construído e a morte é apenas o incognoscível]; (3) saber que a felicidade é possível [pois depende do atendimento de necessidades humanas]; e (4) saber que podemos escapar à dor do corpo e da mente.

Investigar nossa própria natureza é um passo crucial para perseguir essas metas. Sendo inegável nossa condição de animais primatas humanos baseados em carbono, a biologia tem muito a contribuir para quem quer saber o que é necessário saber para viver plenamente e construir sua obra, qualquer que seja ela – ideias, famílias, um mundo melhor. Como estas e outras crenças precisam ser medidas, dissecadas, comparadas e julgadas, a filosofia é indispensável. E é por isso que faço tudo o que faço.

Abraços eucarióticos!

Beijos euarcontoglires! Adoro estas saudações informadas!

domingo, 22 de agosto de 2010

Eli Vieira - de um início tão simples (parte 1)


Evolucionismo

Eli Vieira é biólogo formado pela UnB, mestrando em genética e biologia molecular pela UFRGS, presidente da Liga Humanista Secular do Brasil (LiHS), criador do Evolucionismo.org, editor do Bule Voador e autor de alguns blogs pessoais. E ele tem apenas 23 anos.

Eli, como surgiu o seu interesse pela biologia e, especialmente, por Evolução?

Um primo mais velho me contou há alguns meses que, certa vez, quando eu era bebê, ele foi visitar meus pais com a família e guardou na memória algo engraçado sobre mim.

Eu estava, segundo ele, engatinhando pelo chão da cozinha, quando de repente parei e comecei a observar uma formiga que passava. Ele se distraía, mas sempre que olhava pra mim lá estava eu com minhas fraldas, ainda acompanhando a jornada da formiga atentamente, só observando-a por minutos a fio.

Brincar com formigas, plantas, cachorros e gatos foi uma constante na minha infância. Era uma cidade bem pequena, Lagamar (MG), e ainda é. A casa tinha um quintal amplo, um pessegueiro ao lado de um muro onde eu e minhas irmãs sentávamos para comer pêssego com sal, sibipirunas enormes em que a gente subia, goiabeiras, limoeiros, pés de mexerica, hortaliças, etc. Havia um córrego bem próximo de casa, meio poluído com esgoto doméstico, em que minhas irmãs e eu fazíamos jornadas com os amiguinhos da vizinhança para as partes despoluídas e brincávamos de pescar piabas com peneiras grandes. Botávamos as piabas num aquário, mas elas sempre morriam por falta de oxigênio. Eu andava com meus amigos pelas ruas da cidade, tinha muito verde na escola e na praça, e no fim do ano caçávamos cigarras.

Também frequentávamos a fazenda e ríamos dos nossos primos de Brasília que confundiam cana com bambu e jabuticaba com amora. Na fazenda eu vi siriemas, araras, anus brancos e pretos, ouvi o canto de um pássaro misterioso que lembra a campainha de um telefone, vi micos e quatis, comi gabiroba, pequi e angá, tomei leite recém-tirado da vaca, e inclusive testemunhei o ritual do preparo da famosa pamonha, e todo o procedimento de abate e preparo de animais para consumo da carne e de outros derivados como o sabão de banha, que também tem todo um ritual para ser preparado – pequenas amostras de um jeito antigo de viver que está sumindo.

Meu pai, pecuarista e funcionário do Banco do Brasil, descendente de uma dinastia de fazendeiros que plantavam até o algodão de suas próprias roupas, sempre tentou me passar um pouco do conhecimento popular sobre a fauna e a flora do Cerrado, e incentivou minha escolha de carreira. Minha mãe, cantora de talento, religiosa e politicamente engajada, sobrinha e filha de uma série de velhinhos (descendentes de índios e escravos) que tinham sempre uma erva para todo mal que nos afligia, é uma exímia cozinheira mineira – o que também demanda conhecimentos populares de biologia – e também sempre apoiou minhas decisões.

Por isso tudo, tenho uma certa experiência empírica com a mãe natureza como ela se manifesta na savana central do Brasil. É esta a base afetiva da minha escolha pela biologia. Considero esta base afetiva extremamente importante – hoje mexo com moléculas e programas de computador, mas tenho sempre em mente o espanto daquele bebê que eu fui, observando o mistério daquele serzinho preto fazendo uma odisseia pelo azulejo da cozinha.

Houve também a presença dos livros e da TV, que me deram a base racional para fazer esta escolha de carreira. Eu gostava das fábulas de Esopo, mas também adorava folhear as enciclopédias (saudosas nestes tempos de internet). Ir à biblioteca à tarde era um programa de diversão. Quando criança eu lia bastante os quadrinhos da Turma da Mônica, meus vizinhos adoram contar uma anedota sobre eu ter sumido até me encontrarem atrás de uma porta lendo os quadrinhos. Lembro-me de ter lido também algumas revistas de divulgação como a Ciência Hoje e de ter me maravilhado com o livro didático de biologia de Amabis e Martho.

Eu gostava de vários programas da TV Cultura, como o “Olho Vivo” e o “Gato Zap”, que mostravam documentários curtos sobre a natureza. Quando entrei na internet pela primeira vez (acho que foi no ano 2000), o primeiro site que visitei foi o da TV Cultura. Também assistia aos programas infantis famosos dos canais maiores (embora nunca tenha achado graça no falatório interminável da Xuxa, da Angélica e da Mara Maravilha) – mas o conteúdo que eles dão para as crianças é como doce: gostoso, porém pouco nutritivo. Foi o sinal fraco, intermitente e frequentemente interrompido da TV Cultura, além de breves menções à pesquisa científica nos telejornais dos outros canais, que tiveram peso nas tantas horas que passei vendo televisão.

O resultado foi que por volta dos 8 anos eu já afirmava com convicção que queria ser “cientista”. Poderia não ter muita ideia do que isso significava, mas era algo como alguém que desvendava mistérios e encontrava soluções, cujo trabalho era comentado depois na TV.

Meu interesse por evolução começou na quinta série do ensino fundamental, numa escola pública de Patos de Minas, para onde nos mudamos no ano anterior. Uma professora iluminada chamada Dona Cidinha nos ensinou tudo o que já poderíamos aprender de classificação lineana e introduziu a teoria da evolução. Não lembro como ela fez, mas lembro ter visto desenhos dos tentilhões de Darwin num livro e ter pensado no assunto repetidamente durante o recreio. Tudo o que ela precisava era de giz para desenhar no quadro negro e a nossa atenção no que ela tinha para dizer – depois que ela contou sobre a lombriga solitária que ela mesma expeliu, nunca mais me esqueci da Taenia solium.

Então, sem mais delongas, creio que dá para achar já na minha infância razões pelas quais a biologia seria a melhor das ciências para o garoto quietinho e tímido que dizia que queria ser cientista.


Ao longo da sua vida acadêmica, alguma vez você teve dúvida das suas escolhas profissionais?

Poucas. Antes do vestibular, mas bem antes, considerei a possibilidade de fazer física. Quando passei para biologia, ainda pensava em fazer física depois e ter os dois diplomas. Agora acho inviável me formar em física – vontade não falta, mas a vida é curta, e fazer outra graduação seria perda de tempo quando posso estudar os assuntos de física que me interessam sozinho. Há quem tenha talento suficiente para ser biólogo e físico ao mesmo tempo, mas este alguém não sou eu. Entretanto, essas separações definidas entre disciplinas são um tanto ilusórias. Biólogos usam técnicas, teorias e conceitos da física corriqueiramente.

Quanto à evolução, meus veteranos de biologia na UnB me conheciam como o calouro que queria fazer estágio em evolução no primeiro semestre. Consegui entrar para o Laboratório de Biologia Evolutiva, mas foi no terceiro semestre, e fiquei lá até o fim da graduação. Trabalhei com as ótimas professoras Rosana Tidon e Nilda Diniz. Também estagiei por um ano no Laboratório de Neurociências e Comportamento, com o professor Valdir Filgueiras Pessoa, que admiro muito.

Meu projeto hoje é em evolução molecular, que estou tentando juntar com genética do comportamento. Não deixa de ser um projeto interdisciplinar e uma sequela dos interesses que manifestei nos estágios durante a graduação.

Dúvidas e dificuldades eu tive e tenho muitas, mas acho que estou seguindo uma linha bem definida. Não tenho grandes crises existenciais sobre o que pretendo fazer na carreira, ao menos nas generalidades.


(continua no próximo post, aguardem)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As Superstições Resistem


Amanhã é sexta-feira 13, dia considerado de azar por muitas pessoas que ainda resistem ao pensamento lógico e racional. Para aumentar o terror dos supersticiosos ainda tem o fato de estarmos no mês de agosto, mês do desgosto de acordo com suas crendices.


Superstição é a crença popular de que algum objeto ou evento possa interferir no decorrer dos acontecimentos. No Brasil, país de forte religiosidade e tradições folclóricas, há diversas superstições que são passadas de geração a geração, eis algumas:

- Cruzar na rua com um gato preto dá azar;

- Quebrar um espelho provoca sete anos de azar na vida de quem quebrou;

- Passar por debaixo de uma escada dá azar;

- Achar um trevo de quatro folhas trás sorte;

- Pé de coelho trás sorte;

- Deixar um sapato ou chinelo de cabeça para baixo pode provocar a morte da mãe;

- Abrir guarda-chuva dentro de casa pode atrair morte;

- Toda sexta-feira 13 é um dia perigoso e podem ocorrer fatos ruins para as pessoas;

- Jogar moedas numa fonte de água pode realizar um desejo da pessoa que jogou;

- Bater três vezes numa madeira pode evitar eventos ruins.


De supersticiosa não tenho nada. Meu carro é preto, tem um gatinho preto de olhos gigantes pendurado no espelho, morei numa casa onde embaixo da escada era a casinha do meu gato (que não era preto porque nasceu cinza) e farei uma intervenção cirúrgica amanhã (sex, 13/08).

Estamos todos bem até o momento. Se amanhã algo errado acontecer comigo tenham certeza de que foi uma mera obra do acaso.

domingo, 1 de agosto de 2010

Os Elogios

Como são bons os elogios...

Uma palavra apenas pode soar com uma ode, uma loa ao ego. Se sinceros, são como uma recompensa valiosa, se falsos, são como flashes que fazem brilhar, apenas por um instante, um par de olhos.


No filme "Melhor Impossível"* há uma cena em que Carol (Helen Hunt) pede a Melvin (Jack Nicholson): "_ Me faça um elogio", e era somente isso que ela precisava, nada mais. E essa cena foi tão bem interpretada que demonstra o poder que um elogio tem. Veja o filme até o final para concordar comigo.

Eu adoro um elogio, quem não gosta? E também procuro fazê-lo sempre que me admiro de algo ou alguém, não me privo dessa vontade.



*Está entre os filmes que mais gosto!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A morte e os Filhos

Não é natural perder filhos, definitivamente não é.


Ontem assisti na TV a reportagem que anunciava a morte do filho da atriz Cissa Guimarães, um rapaz de 18 anos que andava de skate e foi atropelado. Aqui não importa quem errou, o fato é que um filho morreu e uma mãe sofre.

Soma-se a esse acontecimento alguns outros dos quais temos notícias e de muitos outros que nem mesmo tomamos conhecimento. Eu sou mãe de verdade e carteirinha, mas apenas consigo imaginar o que uma mãe sente quando perde um filho, seja ele uma criança ou um adulto. Filhos são sempre nossos maiores amores, são parte de nós, são a razão da existência de uma mãe, portanto não há palavras para descrever este momento.

Às mães que passam por esta dor... meus sinceros sentimentos maternos.

Eu espero morrer antes dos meus filhos.
É natural que seja assim.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock and Roll

Obrigada por existirem!


Led Zeppelin, The Beatles, Pink Floyd, Jimi Hendrix, Van Halen, Queen, The Eagles, Elvis Presley, Metallica, U2, Bob Marley and the Wailers, The Police, The Doors, Stone Temple Pilots, Rush, Genesis, Prince and the Revolution, Yes, Earth Wind and Fire, The Bee Gees, The Rolling Stones, The Beach Boys, Soundgarden, The Who, Steely Dan, James Brown and the JBs, AC/DC, Fleetwood Mac, Crosby, Stills, Nash and Young, The Allman Brothers, Aerosmith, Cream, Bruce Springsteen & The E Street Band, The Grateful Dead, Guns 'N Roses, Pearl Jam, Boston, Dire Straits, King Crimson, Parliament Funkadelic, Red Hot Chili Peppers, Bon Jovi, Dixie Chicks, Foreigner, David Bowie and The Spiders From Mars, The Talking Heads, Jethro Tull, The Band, The Beastie Boys, Nirvana, Rage Against The Machine, Sly and the Family Stone, The Clash, Tool, Journey, No Doubt, Creedence Clearwater Revival, Deep Purple, Alice In Chains, Orbital, Little Feat, Duran Duran, Living Colour, Frank Zappa and the Mothers of Invention, The Carpenters, Audioslave, The Pretenders, Primus, Blondie, Black Sabbath, Sex Pistols, Isaac Hayes and the Movement, R.E.M., Traffic, The Jackson Five, Motley Crue, Janis Joplin and Big Brother and the Holding, Company, Blind Faith, The Animals, The Roots, The Velvet Underground, The Kink, Radiohead, Scorpions, Kansas, Iron Maiden, Motorhead, Judas Priest, The Cure, Slayer, Kiss, Black Sabbath, Oasis, Green Day, Cold Play...


Homer Rock and Roll

Barão Vermelho, Biquine Cavadão, BLITZ, Camisa de Vênus, Capital Inicial, Cássia Eller, Cazuza, DeFalla, Detonautas, CPM 22, Engenheiros do Hawai, Erasmo Carlos, Héróis da Resistência, Inimigos do Rei, Ira!, Jota Quest, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, Legião Urbana, Léo Jaime, Lobão, Lulu Santos, Mamonas Assassinas, Nenhum de Nós, Paralamas do Sucesso, Pitty, Raimundo, Raul Seixas, Rita Lee, RPM, Skank, Tianastácia, Titãs, Toni Platão, Ultraje a Rigor, Uns e Outros, Zero, Plebe Rude...


Esqueci alguém? Adiciona aí!


Adolescência

Tenho observado com atenção especial os adolescentes atuais, são muito estranhos em maioria.

Na minha época teen, meados dos anos 80 e início dos 90, nós meninas fazíamos jazz, ouvíamos Madonna, Cindy Lauper e rock nacional, queríamos ser vistas pelos garotos e nos preocupávamos em ter um futuro por nós mesmas; pelo menos era assim comigo e minhas amigas.

Os garotos só queriam jogar futebol, ouvir e tocar rock e ficar com as garotas em algum hi-fi ou showzinho de clube de bairro; era assim com meus amigos.

No sábado passado fui a um shopping na zona norte do Rio e me deparei com um grupo de emos, o que é aquilo?! Roupas estranhas, cabelos estranhos e comportamentos mais ainda! Meda (no sentido figurado, é claro). Meninas de mãos dadas com outras meninas (sem preconceitos, mas com 12 anos e olhares carinhosos no meio do shopping?!) E os meninos? Perdem horas do seu dias fazendo chapinha e passando lápis nos olhos!

emox
Poucas décadas atrás via-se apenas punks ou darks como "grupos externos", mas eram poucos e tinham alguma ideologia; os emos se reproduzem por brotamento (só pode) e talvez nem saibam que existam.

Cadê os pais dessas crianças?!

Na boa... no meu tempo era muito melhor, não tenho a mínima dúvida.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

De vez em quando eu...

... venho aqui e escrevo alguma coisa.

De vez em quando eu me dou o direito de abrir uma lata de leite condensado e bebê-la (quase) toda.

De vez em quando...

...eu finjo que não percebo as artes dos meus filhos;
...eu erro o sal da comida;
...eu me permito acordar bem tarde.

De vez em quando eu surto e quero desistir dos meus projetos.

De vez em quando...

...eu tomo café sem açúcar;
...eu tomo meia garrafa de vinho;
...eu seco meus cabelos com secador.

De vez em quando eu deixo de lado meus compromissos e durmo de tarde.

De vez em quando...

...eu sou má, muito má;
...eu sou péssima escritora;
...eu tenho de TPM.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dunga e a Falta de Educação



Eu sei que já se passaram uns dias da tão comentada entrevista coletiva do técnico da seleção brasileira Dunga, onde ele, já conhecido por seu mau humor extremo, teceu adjetivos nada finos e educados a Alex Escobar. Mas só agora resolvi dizer algo a respeito, não queria escrever um texto tendencioso e motivado pela perplexidade que senti após o infeliz episódio.

Algumas versões têm sido divulgadas sobre o que realmente teria motivado Dunga a agir daquela maneira, mas seja lá o que fosse, por mais sério que pudesse ser, não justificaria um arroubo de raiva beirando a insanidade daquele jeito. Fiquei sabendo do ocorrido logo após, antes mesmo que a Rede Globo divulgasse a sua opinião através do editorial apresentado por Tadeu Schmidt no Fantástico. Alex, ao telefone, estava calmo, chateado e indignado, naturalmente. Disse que ao desligar o celular após falar com Tadeu Schmidt e ainda olhando para o aparelho, fez um meneio com a cabeça em sinal de desaprovação ao que Dunga falava, neste momento o técnico o surpreende com a pergunta "Algum problema?". Daí em diante todos vocês acompanharam a situação.

Acho que não tenho a necessidade de defender o Alex aqui, vários amigos, conhecidos e até mesmo desconhecidos já o fizeram em seus blogs, programas de rádio e TV de diversas emissoras. Também não considero que seja caso de "defesa", afinal não é uma briga. Suas atitudes cordiais, honestas e simpáticas ao longo de sua vida profissional e pessoal são o suficiente para que qualquer pessoa pense um pouquinho antes de dizer que o culpado por aquela situação vergonhosa tenha sido ele.

Quanto ao Dunga... acho que está descontrolado. Precisa de um sério acompanhamento psicológico além de uns puxões de orelha da mamãe. Ele perdeu completamente a noção de quem é, o que faz e o que representa pra nação brasileira. Esqueceu-se de lições básicas sobre esporte, que é diversão, educação e respeito aos adversários. Sim, ele considera a imprensa um adversário a enfrentar, ou pior, um inimigo. Infelizmente. E quem perde com isso somos nós que assistimos em horário nobre a uma cena de baixaria e falta de educação, além perdemos uma oportunidade de mostrar para os nossos filhos e para o mundo que somos TODOS pessoas educadas e civilizadas.

Isso vai passar, já está passando.
Só esperamos que não aconteça de novo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Gatos Amados

São tão maravilhosos que dispensam palavras...



Sacha Anne (in memoriam)


Dudu


Elza


Beni



Chico e Rodrigo (meu irmão)


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Poesia Pobre

Da série "Poesias pobres escritas numa noite chuvosa na varanda com uma(s) taça(s) de vinho".

É uma pior que a outra, ninguém merece, hahahaha.

Já que escrevi... aí vai.

É...

Tô aqui, né

Fazer o quê

É noite...

Ou night

Pra mim é noite

Ponto

De sono

Sozinha

Alone at home

My endless mind

Que nada sabe de mais nada

Depois de pouco dopar

Ou nada querer

Ou nada sonhar

Poesia pobre

Da pobre querida

Da pobre amiga

De poucas e tantas besteiras

Que sabe que tem que ir

Mas, trôpega e sensível

Insiste em escrever

Bobagens e sacanagens


Eu amo tanto

Um pouco de cada

Que se faz em escada

O que esperava de mim

Se eu pudesse montar

Em quebra cabeças

O que tenho de cada

Dava um perfeito de mim

Seria ótimo

Se cada de cada

Se pusesse em cascata

Pra me banhar

E uma gota somasse

Ao pouco que tem na taça

Do gole molhado

Que ainda tenho de mim

Poesia do Ócio

Eu passei uns tempos sem postar nada aqui, eu sei... mas eu fiquei sem acesso à internet por umas semanas por causa da nossa querida operadora de banda larga, mas isso é outro papo.
Nesse tempo, confesso, quase entrei em depressão de tanta saudade que estava desse ambiente aqui.

Dormi muito e enchi a cara de vinho tinto diversas vezes...

Mentira! hehe

Mas vou deixar aqui umas pequenas e inúmeras palavras que andei rabiscando enquanto o mundo parecia não fazer mais sentido.


Bebadinha
Bebadinha de pouco

Escrevo um livro.

Se saio daqui

Caio na cama.

Esqueço a trama

Pego no sono.

E a vida me pega.


Chove

Chove decentemente

Como deve ser uma fêmea

De certo que ela mente

Mas cobre como manto o leito dormente

Do povo, semente

Que sente

Frio, dormente

E adormece

Esquece

Da dor que sente

De gente, semente

Agente

De culpa e de dor

Sem saber

Que é por amor

Que causa horror

Ao povo, semente

Que dorme

Nem sente

A chuva que cai

Decentemente

domingo, 2 de maio de 2010

Meu lado (quase) excêntrico

Fala a verdade.

Quem não tem um lado meio estranho, um gosto um tanto duvidoso ou atitudes mais esquisitas ainda?
Todo mundo tem o seu lado excêntrico! E isso tende a se agravar com o passar do tempo.

Ser excêntrico não é ser louco ou coisa parecida, é ser diferente dos demais em um determinado contexto, é ser diferente... demais!

O meu lado excêntrico é pequeno, porém notável a quem me conhece.

Por exemplo, eu gosto de sapatos vermelhos



e meias laranja.



Falo baixinhos com as plantas (calma... eu sei que elas não ouvem!) e com os bichos.
Gosto de beber aquela água do cozimento da batata, comer o talo do meio do repolho com sal e pipoca muito amanteigada com queijo ralado. De colher.
Durmo abraçada com um travesseirinho velho e levo ele em todas as viagens.
Viu? Nada tão estranho assim.
E você? Me conta aí as suas "estranhezas".

terça-feira, 27 de abril de 2010

Saudade


O que é a saudade se não mais um sentimento de dor?
Porque sentir saudade dói! Mas tem dor que é boa.

Pesquisadores e tradutores britânicos apontam a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução. Não poderia ser diferente, eita sentimentozinho complicado.

Saudade de alguém que se foi...
Saudade de alguém que não virá...
Saudade de um lugar...
Saudade de um tempo...
Saudade do que não veio...
Saudade de alguém que está longe...

Saudades....

Mas a saudade é sinal de vivência, é sinal de memória, é sinal de amor.
E a vida é curta demais pra perder tempo, portanto é preciso viver intensamente cada minuto, e se esse minuto te deixar saudades, melhor ainda!

" E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades."
(parte do poema SAUDADE, de Fernando Pessoa)

Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira... (Cecília Meireles)

Você tem saudade de que?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bifurcações


Tem momentos na vida que damos de cara com uma bifurcação. Ela pode ser real





ou virtual.

Neste último caso são aqueles momentos em que precisamos decidir pra onde vamos, fazer uma escolha mesmo sem saber qual dos caminhos te levará ao melhor destino.
É uma aposta mesmo. Difícil dar o primeiro passo rumo ao desconhecido, temos medo e desconfiança.

Mas... melhor dar um passo errado do que ficar no mesmo lugar, não é mesmo? Sempre há a chance de voltar atrás, mesmo que se perca um pouco de tempo.

Quem tem medo de viver que morra. A vida é feita de escolhas.

É isso... post meio nonsense, um desabafo, só um grito na janela.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Rock n' Roll

Estava voltando da faculdade hoje e encontrei um velho CD perdido entre vários outros no meu carro. Foi a melhor coisa que poderia ter encontrado às 18:30 h de uma quinta-feira, sabendo que eu ainda teria 1 h de trânsito pra encarar.

Nele havia gravado GUNS N' ROSES e FAITH NO MORE !!!

Que delícia voltar pra casa com um rock em alto e bom tom. Relaxante.

Respeito quem gosta de pagode e funk, mas que pagode e funk são uma merda, são.

ROCK AND ROLL FOREVER!!!


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Desabrigados das Chuvas

Muito obrigada aos que tem colaborado. O que recebi de roupas, alimentos e produtos de higiene durante essa semana, confesso, foi mais do que esperava. Valeu a união!

Estou organizando a primeira entrega para este sábado, colocarei fotos aqui em breve.

No momento, em Niterói e São Gonçalo, as maiores necessidades são: COLCHONETES, ALIMENTOS INFANTIS, ÁGUA MINERAL, DESCARTÁVEIS, MAMADEIRAS, FRALDAS, PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, LENÇOS UMEDECIDOS E ROUPA ÍNTIMA.

As roupas que me enviarem a partir de sexta serão enviadas para o bairro Rio das Pedras, em Jacarepaguá, área que também foi muito afetada pelas chuvas.

Vamos colaborar!

Renata Escobar - 8832-0704
renata74@gmail.com

sábado, 10 de abril de 2010

Doações para Desabrigados


Essa semana o Estado do Rio de Janeiro foi seriamente afetado pelas chuvas, como todos sabem. As cidades mais afetadas foram Niterói e São Gonçalo, onde aconteceram diversos desabamentos que deixaram, além de vítimas fatais, milhares de pessoas desabrigadas.

Motivada pela iniciativa da minha amiga Janaína Sasso, que começou um movimento de arrecadação de doações para os que perderam tudo em Niterói e São Gonçalo, estou divulgando e pedindo a colaboração de vocês para esse movimento.

Estou concentrando tudo o que recebo em uma sala cedida pela síndica do meu prédio e no final da semana levaremos tudo a uma central de coleta da prefeitura em Niterói.

Me coloco à disposição para esclarecimentos.

Janaína Sasso (7715-1796)


Renata Escobar (8832-0704)

renata74@gmail.com

@Renata23

ps. Caso você tenha uma empresa e faça uma doação, divulgarei o nome de seu negócio aqui em um novo post.

domingo, 28 de março de 2010

Renato Russo

27 de março de 2010 - Renato Russo faria 50 anos de vida



Pensei, repensei e não encontrei o que dizer sobre ele, logo ele que eu tanto admirei, tanto curti.


Há pouco, conversando com o meu amigo Sandro pelo msn, ele me disse o que é preciso dizer:


"Tudo o que precisava ser dito o próprio escreveu em vida"


E é isso... fica a nossa lembrança.

http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/1326417/

"Código de Conduta" de Russell


Algumas pessoas não compreendem como alguém pode ser feliz e ético sem ter uma fé ou religião. Com certeza aqueles que não compreendem são os que também entendem pouco ou nada sobre tipos de pensamento, ciência e lógica.

Como em qualquer meio social, o grupo no qual me incluo (agnósticos e ateus), tem pessoas de todo tipo, os de bom caráter e os de mau caráter; os que respeitam e os que não respeitam; os simpáticos e os chatos... e por aí vai. Ou seja, é tudo a lesma lerda. Portanto, para que não pensem que não temos princípios ou que não buscamos fazer coisas boas, apresento aqui para os que não conhecem...

Bertrand Arthur Wiliam Russell (País de Gales, 1872), um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos do século XX, bem como um importante político liberal, ativista político e popularizador da Filosofia.


Milhões de pessoas respeitaram Russell como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. Sua voz sempre possuiu autoridade moral. Foi um crítico influente das armas nucleares e da guerra do Vietnã.


Em 1950, recebeu o Nobel de Literatura, em reconhecimento aos seus variados e significativos escritos, nos quais lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento.


No final da década de 60, Bertrand Russell escreveu na sua autobiografia, 10 princípios de um "Código de Conduta", são eles:

• Não tenhas certeza absoluta de nada.


• Não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.


• Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.


• Quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.


• Não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.


• Não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.


• Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.

• Encontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias, o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.


• Sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.


• Não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.


É nesse tipo de pensamento que nos baseamos. Simples assim.


Fonte:http://bulevoador.haaan.com/2010/02/06/perfil-bertrand-russel/